domingo, 23 de março de 2014

Sem saber do perigo, pessoas saem as ruam em protestos pró-ditadura

Pode parecer confuso e muito perigoso para muitos, mas é verdade. Na contramão do que se busca em muitos países do mundo como Tailândia, Turquia etc (que vivem momentos de esperança na luta pelo direito de expressão e estabelecimento da democracia), o Brasil é surpreendido com campanhas e protestos pró-ditadura militar. Isso mesmo, em protestos organizados em todas as capitais do país, brasileiros  saíram as ruas ontem (22) para clamar por intervenção militar na política nacional. 
Felizmente, em nenhuma das capitais esses movimentos tiveram sucesso, o máximo que reuniu foram 500 pessoas, aproximadamente, naquelas capitais em que o número de presentes foi maior. Em contrapartida, o apoio demonstrado por milhares de pessoas nas redes sociais e em conversas informais no dia a dia, são fatores preocupantes. É perigoso que essa onda se encorpe e ganhe proporções maiores, a ponto de afetar o progresso da jovem democracia nacional. 
Percebe-se, com isso, que a maioria da população não tem conhecimento do que foi a ditadura e, no que se refere ao cenário político atual, são apenas seguidores de ideologias, que aceitam e reproduzem tudo que aparece como solução para os problemas existentes. Além de não ter participação na política do país, não sabem o que se passa e ficam a mercê do que veem e ouvem na TV e nas demais mídias (principalmente nas redes sociais como facebook). Infelizmente, são essas pessoas que, em maioria, decidem o futuro da nação, que vão aos protestos e que escolhem os candidatos, partidos e/ou sistema para comandar a política do país. Apesar de preocupante, esse é o preço que um país paga por não investir maciçamente em educação, cultura e cidadania. Esperamos que, em meio a essas ameaças, as propostas de governo e investimentos sejam revistas e modificadas nesse sentido.